sexta-feira, 15 de maio de 2009

Alguém tem (mesmo) que ceder. (?)

Boa noite, galera. Seja bem vindos a essa postagem, que acho muito peculiar!

Essa quarta postagem fala sobre algo que pode ser visto ampla ou restritamente: a DIVERSIDADE.
Ao visitar o blog camillaveras, onde esta cita filmes em seu post, me lembrei de um filme interessantíssimo visto por mim e meus colegas de turma na aula de 'comunicação e sociedade contemporânea'. Filme este que se chama 'A Massai Branca', de Hermine Huntgeburth. Após assitirmos ao filme, um grande alvoroço surgia. Aquele típico debate de vozes misturadas e cada um querendo expor a sua opinião. (Uma das cenas sociais e humanas que acho mais bela! Contemplar a prova de que nem todo ser humano é alienado e que discutimos as nossas atitudes e a consciência humana; contemplar o nosso belo senso crítico.) Voltando então para o filme, vou contar-lhes a estória; resumidamente, apenas como base para análise.

Uma suíça chega à África, numa região onde vive o povo massai. Lá, a estrangeira conhece um integrante da tribo com o qual, depois de um primeiro ato sexual não muito comum para nós ocidentais, faz surgir um caso de amor.
Esse amor é um amor diferente p'ra branca e um diferente p'ro massai. Na verdade a vida é diferente pra cada um. Tudo era muito bom no começo, porque, como quase sempre acontece, as diversidade ainda estavam ocultas e ofuscadas graças ao brilho de tanta paixão. No decorrer do filme, a branca não aprova a cultura da circuncisão. Não aprova e faz um escândalo. Eu não aprovo nem desaprovo, simplesmente é uma cultura! Exótica à luz de nossos costumes impostos e artificiais, claro, mas é uma cultura, e isso é de extrema importância na identificação de uma sociedade em seu espaço e em sua história. O massai reprova, então, a iniciativa de sua amada branca: abrir uma venda! Mulher abrir uma venda? Para eles, realmente muito estranho. Em nossa lógica (muito recente; importante ressaltar), mulheres também são gente, e pode fazer o que qualquer homem faz. Todavia, os massai não o entendem não porque são atrasados, mas porque possuem uma cultura que prega a hierarquização dos gêneros. Apenas isso. No fim das contas, a branca não aguenta a vida conflituosa e volta para seu país de origem. E com a filha do casal a tira colo.

O que é isso? Isso é uma metáfora do que acontece toda hora aí na sua frente, aqui na minha frente. A diversidade que não se sabe respeitar. Eu juro que não quero ser mais um textinho de ínfima indignação. É um textinho sim, mas de uma indignação que precisa ser difundida e divulgada e exposta. Porque a gente tá conseguindo sim, como diz o pagode baiano, romper com as barreiras do preconceito, porém de um modo prematuro e superficial; ainda. A grande conquista foi a exposição da idéia de diversidade. E vou fazer minha parte pra que se naturalize uma cultura de que somos diversidade, e não que somente ela existe no outro.

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